Entrevista com a escritora e professora Regina Dalcastagnè: “As artes e a literatura são ferramentas para sonhar um mundo melhor”
A convite de Tantas-Folhas, Dagmar Braga, Fabíola Farias e Ana Elisa Ribeiro entrevistaram a escritora, crítica literária e professora de literatura Regina Dalcastagnè. Conversa boa e diversificada, na qual livros, literatura, bibliotecas, leituras, grandes e pequenas editoras, universidade, o papel do professor, fake news e críticas ao atual governo do Brasil foram alguns dos temas debatidos. Em perspectiva, sempre, a importância da educação na formação das pessoas.
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Qual o lugar da literatura na educação brasileira hoje?
Penso que é um lugar a ser construído, todos os dias. É um processo lento, de disputas que se estendem por diferentes espaços institucionais, diferentes hierarquias, diferentes interesses e perspectivas. Acho que o principal problema que nós, pesquisadoras/es e professoras/as de literatura, enfrentamos hoje é a profusão de “opiniões” sobre os dois temas: a educação em geral e a literatura na escola. Qualquer um se acha com autoridade para dizer o que devemos fazer, ou para nos censurar: pais, pastores, padres, economistas, prefeitos, ministros, youtubers.
Não se trata de impedir um debate alargado, mas de admitir as competências diferenciadas e, sobretudo, de entender que argumentos válidos são aqueles que remetem à educação e à cultura – e não a dogmas religiosos, oportunismo político ou ao mercado.
Há também uma confusão entre a ideia da escola como lugar de formação de leitores e como espaço de ensino da literatura. São duas coisas que podem andar juntas, mas não necessariamente. Acredito que a literatura deva ser entendida de forma ampla, incluindo diferentes gêneros, procedências, perspectivas sociais. Penso que as bibliotecas escolares devem ser variadas e fornecer livros atuais e divertidos. O que não quer dizer que um brasileiro/uma brasileira deva sair da escola sem conhecer os principais nomes de nossa literatura, porque são autores/as que refletiram sobre a nossa realidade e a nossa cultura. Desprezá-los significaria ignorar quem somos. E o resultado disso pode ser visto na estupidez e na burrice arrogante que nos cerca.
Quais as possibilidades de ler e de escrever no Brasil?
Apesar de todas as dificuldades, políticas e econômicas, acho que nunca se produziu e se publicou tanto no Brasil como hoje. É mais fácil e mais barata a produção de um livro agora – sua divulgação e venda podem ser feitas pelas redes sociais, uma vaquinha pode cobrir os custos gráficos, amigos preparam a capa e a diagramação. Qualquer um edita um livro com alguma qualidade técnica. E há, ainda, as pequenas e médias editoras, as editoras alternativas e as de nicho, que vêm realizando um bom trabalho.
O problema, me parece, é fazer com que obra e leitor se aproximem de fato. A profusão de títulos e de informações pode confundir, também, e paralisar o leitor. Afinal, a compra de um livro continua sendo um investimento alto (quando não impossível) para a maior parte das pessoas que gostam de ler. Adquirir o livro errado, altamente elogiado pelo amigo do autor ou pelo jornalista que tem interesses muito diferentes dos seus, certamente causa desconfiança e dificuldade para a próxima compra.
Fora isso, é uma pena o Brasil não ter mais bibliotecas públicas, é uma pena que as bibliotecas existentes não sejam atualizadas. Pelo mundo afora, e mais ainda em países como o Brasil, a leitura e a escrita dependem de políticas públicas, que se traduzem em apoio à edição e em bibliotecas públicas. Muitas vezes os agentes do campo literário se concentram na primeira demanda e deixam de lado a segunda, que é pelo menos igualmente importante.
Precisamos voltar a Antônio Callado, Lygia Fagundes Telles, Autran Dourado, José J. Veiga, Sérgio Sant’Anna e outros que se debruçaram sobre seu tempo, indagando-o por nós.
Que leituras, especialmente literárias, podem nos ajudar a compreender o momento que vivemos no país?
Tendo em vista o obscurantismo e o autoritarismo reinante, eu tenho recorrido à literatura dos anos 1970 e 1980 para tentar entender como chegamos nesta situação. Não há exatamente respostas ali, é claro, mas ao menos compartilhamos o assombro e a revolta. É uma produção extensa e variada, que, infelizmente, está deixando de ser lida, seja porque as obras não são reeditadas, seja porque o volume de novas publicações lança uma sombra sobre ela, seja porque o esquecimento é uma marca dominante na cultura nacional. Precisamos voltar a Antônio Callado, Lygia Fagundes Telles, Autran Dourado, José J. Veiga, Sérgio Sant’Anna e outros que se debruçaram sobre seu tempo, indagando-o por nós.
Para acompanhar o que está acontecendo hoje, acho que os/as poetas – inseridos/as nas redes sociais e nas revistas eletrônicas – estão dando respostas rápidas, cada um/a a seu modo, aos eventos mais absurdos e perversos a que estamos submetidos. Basta seguir nomes como Adriane Garcia, Micheliny Verunschk, Ricardo Aleixo, Adelaide Ivánova, Lau Siqueira e tantos outros que nem caberiam aqui.
Já os/as romancistas, que precisam de mais tempo para a sua produção, parecem estar empenhados/as na reflexão sobre questões mais estruturais. Há excelentes livros sendo publicados e que precisam ser lidos agora, livros que falam do feminicídio, da ditadura, da luta por moradia, pelos direitos humanos, como os de Patrícia Melo, Julián Fuks, Itamar Vieira Jr., Maria Valéria Rezende, Cláudia Lage, Maria José Silveira, entre outros.
Com investimentos inexistentes em bibliotecas públicas e escolares, como fazer para que novas e potentes autorias que não se conformam ao cânone escolar cheguem às mãos de professores e de estudantes, às salas de aula?
Não há uma resposta fácil para essa questão, tem muita coisa envolvida. Para começar, seria preciso citar ainda a falta de investimento na formação e na capacitação dos professores. Sem condições para se atualizar, por maior que seja sua boa vontade, os professores não terão acesso a livros e autores fora do cânone e das cartilhas. Mesmo que essas obras cheguem às suas mãos, eles mal têm tempo para lê-las e elaborar uma reflexão antes de levá-las para a sala de aula – se conseguirem uma brecha para isso, afinal, o programa é apertado e as exigências curriculares acabam engolindo quase todo o tempo. Daí a importância de uma comunicação maior entre universidade e escola. Somos nós, pesquisadores da literatura nas universidades, que podemos ajudar a construir essa ponte. Temos mais tempo e recursos para conhecer a produção mais recente e filtrar o que poderia interessar ao universo escolar. É importante lembrar que formamos professores e, por isso, os cursos de literatura brasileira contemporânea e literatura infanto-juvenil são tão necessários nos currículos da graduação e pós-graduação.
As artes e a literatura são importantes e precisam ser incentivadas porque oferecem beleza e, também, espaço de reflexão sobre as desigualdades sociais e as injustiças que nos cerceiam. São ferramentas para sonhar um mundo melhor.
Como você explicaria para uma pessoa pouco afeita à literatura e às artes, de maneira geral, a importância de políticas públicas que garantam condições de criação e fruição artístico-cultural para a população? Em meio a tantas faltas, como exigir o que pode, para muitos, parecer supérfluo?
Para que investir em artes e literatura se faltam médicos e dentistas, não é? Talvez porque as artes e a literatura nos ajudem a questionar o mundo e as escolhas feitas pela nossa sociedade, porque nos fazem ver realidades que são invisibilizadas por essas escolhas, pessoas que são excluídas a partir delas. As artes e a literatura são importantes e precisam ser incentivadas porque oferecem beleza e, também, espaço de reflexão sobre as desigualdades sociais e as injustiças que nos cerceiam. São ferramentas para sonhar um mundo melhor.
Os resultados de sua pesquisa a respeito de romances brasileiros e aquele perfil homem/branco/hétero tiveram um impacto enorme sobre a edição no Brasil, em especial sendo usados como argumento daqueles/as que editam fora do “padrão”. Você pode comentar isso? Percebe essa influência?
Desde a divulgação dos primeiros dados daquela pesquisa, em fins de 2005, até hoje, acompanhamos algumas mudanças no campo editorial brasileiro, que vem tentando, neste momento, abrir mais espaço para a autoria feminina, negra, LGBT e de outras regiões do país. Isso acontece especialmente em pequenas e médias editoras, muitas delas criadas recentemente, mas é um movimento que pressiona mesmo as grandes editoras incluídas no levantamento que realizamos. Uma delas está anunciando a realização de um censo sobre seus funcionários e sobre seu catálogo, além da formação de um comitê editorial para a diversidade. Acredito, sim, que a pesquisa forneceu argumentos que contribuíram significativamente para essas mudanças de perspectiva.
Penso que algumas coisas mudaram no cenário literário nacional dos últimos anos. Há deslocamentos novos e projetos que estão se consolidando. É todo um movimento que passa longe do circuito das grandes editoras, dos grandes prêmios e feiras literárias.
Sua pesquisa mais amplamente conhecida se deteve em romances produzidos por editoras grandes, essas que hoje são as multinacionais, que tendemos a associar à ideia de pouca diversidade. No entanto, temos visto autores e autoras que antes podiam ser considerados “fora do padrão” publicando justamente nesses grupos. O que você diria que vem acontecendo?
Penso que algumas coisas mudaram no cenário literário nacional dos últimos anos. Há deslocamentos novos e projetos que estão se consolidando. É todo um movimento que passa longe do circuito das grandes editoras, dos grandes prêmios e feiras literárias. Talvez a gente possa falar em mudanças nas práticas literárias. Com os novos recursos tecnológicos, e com os investimentos na formação e na educação formal de camadas até então excluídas dos espaços de enunciação do discurso, estamos vendo uma proliferação de pequenas editoras; de revistas e sites literários; de coletivos negros, de organizações de mulheres e de autores das periferias; de grupos de leitura e de discussão crítica sobre a literatura. É justamente aí que tem alguma coisa importante acontecendo. Me parece que é a partir desse espaço, muito mais local que internacional (embora não desconectado com o mundo), que vamos ver algo diferente e produtivo surgir. Neste momento, quando atravessamos um novo golpe no país e tememos pelas nossas instituições democráticas, esse é um espaço de resistência cultural e política, que precisa ser preservado. As grandes editoras certamente precisarão se adaptar a isso. Será interessante observar seus próximos movimentos, que passam pela incorporação de alguns nomes importantes e por muita propaganda sobre isso.
As editoras pequenas ou independentes têm se sustentado muito num discurso de contraponto aos grupos grandes e multinacionais, que são dois ou três. Você destacaria o trabalho de algumas delas que realmente muda o curso das coisas e da literatura?
É fascinante acompanhar os esforços e os resultados dessas editoras. Elas vêm enfrentando a crise econômica, a alta do dólar, a ostentação da burrice, a pandemia, sem esmorecer. Sobreviveram à quebra das grandes livrarias porque não dependiam delas e continuam investindo naquilo em que acreditam. São, especialmente, abrigo para novos/as autores/as. Só por isso já estão prestando um grande serviço à cultura brasileira. Aos poucos, elas vêm melhorando a qualidade da impressão, das capas e diagramação, estão aprimorando seu catálogo e construindo um perfil próprio. Com isso, alguns prêmios estão surgindo, o que sempre é um reconhecimento para elas e para seus/suas autores/as.
Há as editoras que buscam ter uma abrangência maior, publicando nomes de diferentes regiões do país, outras que privilegiam os locais, e isso também é muito importante. Tem as editoras que se especializaram em alguns nichos necessários – mulheres, negros, indígenas, LGBTs – dando visibilidade e fortalecendo a produção entre esses grupos. E há ainda aquelas mais artesanais, com tiragens bastante reduzidas, mas movimentando uma outra cadeia de produção, como as cartoneras. Todas elas intervêm, de alguma maneira, no debate sobre as desigualdades que nos cercam. São um front inestimável de nossas lutas. Por isso, prefiro não citar alguns poucos nomes, até para não ser injusta com as demais. Penso que não é esta ou aquela editora que está mudando o campo literário brasileiro, é a presença conjunta de todas elas.
Não querem apenas nos deixar à míngua: querem nos destruir. É o projeto de um país atrasado, pobre, ignorante, incapaz de soberania: um país para o qual a universidade não é só inútil, é perigosa.
Na sua trajetória na Universidade, você tem lembrança de crise semelhante à de agora? A que você atribui isso? A serviço de quê?
Entrei na universidade pública, para fazer o curso de Jornalismo, em 1985. Minha experiência, portanto, não passa pela ditadura, que perseguiu, prendeu, matou professores e estudantes. Quando comecei a lecionar na UnB, o presidente era Fernando Henrique Cardoso, o ex-professor que queria reduzir o número de programas de pós-graduação no país criando meia dúzia de “centros de excelência”, que impediu o concurso para professores durante anos, que queria uma universidade para poucos. Esse foi o pior momento da universidade para mim, até que veio o golpe de 2016 e todas as tentativas de desestabilizar o nosso trabalho e as conquistas alcançadas nos anos do PT em termos de democratização da universidade pública. O que temos agora é uma confluência entre o privatismo (isto é, a tentativa de desmontar o caráter público e universal da educação) e o obscurantismo, o ódio ao conhecimento e ao pensamento crítico. Não querem apenas nos deixar à míngua: querem nos destruir. É o projeto de um país atrasado, pobre, ignorante, incapaz de soberania: um país para o qual a universidade não é só inútil, é perigosa.
A que você credita o sucesso da desinformação das fake news e a adesão a crenças tão esdrúxulas, como o terraplanismo, em pleno século 21?
É difícil não pensar que é um sintoma de fracasso da minha geração de educadores… Mas creio que existem interesses muito fortes nessa frente, de quem se beneficia com a difusão da ignorância – pior, de uma ignorância militante. Desde interesses políticos até interesses nos negócios (o negacionismo climático, por exemplo), sem esquecer dos lucrativos negócios da fé. Acho que este cenário mostra com clareza que o esforço da educação não pode ser simplesmente recitar ensinamentos (a “educação bancária” de que falava Paulo Freire), mas tem que ser, sempre, promover a reflexão crítica sobre o mundo.
A ideia do professor substituído pela máquina é um delírio capitalista. Ela não tem chão e, sou otimista, não vai vingar.
O educador indiano Sugata Mitra diz que “se existe um professor que pode ser substituído por uma máquina, é porque ele realmente merece ser substituído”. Como você vê essa questão?
Pelo menos na área de Humanas, não acredito que esse “se” seja sequer concebível. Um professor não é digno desse nome se não interage de fato com os alunos, se não leva em conta suas dúvidas e expectativas ao formular seus argumentos e expor suas ideias, se não espera dos alunos um sinal de reconhecimento e se não vibra quando percebe que alguma conexão se fez, que o conhecimento, enfim, transita.
A ideia do professor substituído pela máquina é um delírio capitalista. Ela não tem chão e, sou otimista, não vai vingar.
Dentre as suas atividades acadêmicas, qual a mais desafiadora e gratificante? Por quê?
Para mim, a principal vantagem da vida acadêmica, especialmente quando estamos dentro de uma grande universidade pública, é que há muitas atividades possíveis. Temos o ensino, a pesquisa, a extensão, o trabalho nas publicações científicas, a organização de eventos, a atividade burocrática e a administrativa. Fora essas duas últimas, que nunca me interessaram, eu tenho aproveitado todas.
São atividades extremamente criativas, que me permitem ter contato com muita gente, realizar inúmeras trocas, aprender mais. Depois de três décadas dentro da universidade, como aluna e como professora, e com as dificuldades todas que estamos enfrentando para defendê-la e continuar ao menos tentando preservar o que conseguimos em termos de democratização, o que me anima no momento está em duas pontas diferentes, que acabam por se conectar: as aulas para turmas de calouros de graduação da Universidade de Brasília e a escrita do meu novo livro sobre a literatura brasileira contemporânea.
Livros de Regina Dalcastagnè
O texto é parte integrante da Revista Tantas-Folhas, edição v.2, n.2 (2021)
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PRECISAMOS SIM VALORIZAR O ENSINO DA ARTE E LITERATURA NA ESCOLAS, MAS DEVE SER ESCLARECIDO QUE SÃO CAMPOS DE CONHECIMENTO DISTINTOS E COM FORMAÇÃO DIFERENTES INCLUSIVE NO TOCANTE À FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROFISSIONAIS DE CADA UMA DESTAS ÁREAS.
Acho importante sim valorizar o ensino das Artes e das Letras (Língua e suas Literaturas) nas escolas. Aliás penso que todas as áreas são importantes e merecem respeito, inclusive a Arte e as Letras. Mas penso também como professores e educadores que temos que ter mais ética na Educação como um todo, para não invadir a área profissional do outro ou confundir as pessoas e o público em geral com vínculos e conceitos equivocados. Como professora-artista-pesquisadora, me incomoda muito ver professores e profissionais de letras querendo se passar por profissionais do campo da arte, aliás isso não tem legitimidade nenhuma, e não adianta cobrar ética de políticos se nós educadores também não fazemos a nossa parte. Não estou de forma alguma dizendo ser o caso desta postagem ou do seu autor. E por isso deve ser esclarecido que Professores de Letras (Línguas e suas Literaturas) NÃO são Professor de Arte, não são artistas, muito menos profissionais do campo de conhecimento das Artes. E vice versa. Arte e Letras são campos distintos. E não vou entrar aqui em questões epistemológicas, de ordem legal ou pedagógica porque p/ mim isso é muito obvio, além de existir normativas, legislações tanto no âmbito profissional quanto educacional a respeito. Arte e Letras são campos distintos. Mesmo porque a Arte independe de saber ler e escrever e existe na história da humanidade muito antes dos grupos sociais humanos saberem conhecerem os signos da escrita ou da matemática. Não estou falando que o conhecimento matemático ou literário não sejam importantes, apenas que são diferentes do artístico. Então precisamos ter mais ética e parar de ficar tentando invadir o espaço do outro e se passar por professor de outra área. Defendo sim um Ensino das Letras (Línguas e suas literaturas) e também da Arte nas escolas. Mas para isso é necessário mais respeito e que tanto o Ensino das letras quando o Ensino da Arte nas escolas seja feito por professores realmente habilitados em cada uma destas áreas. É preciso que os professores de outros campos de conhecimento como Letras, não tentem se passar por especialistas da área de Arte, ou fiquem divulgando informações erradas (fakes news) associando letras com arte pois pode confundir as pessoas. Pois mesmo podendo haver diálogos entre diversas áreas, Letras e Arte são campos de conhecimento distintos com formações diferentes. Portanto assim como os Professores de Letras merecem respeito, os Professores de Arte também. Em resumo para que fique bem claro quando falamos Arte e ensino da Arte na escola estamos nos referindo ao ensino das Artes Visuais, Dança, Música, Teatro e Audiovisual. Esclarecendo ainda que os cursos que habilitam atuar como Professores de Arte são as Licenciaturas específicas em Artes Visuais, Dança, Música, Teatro. E afirmando mais uma vez que Professores e profissionais de Letras ou de outras áreas NÃO são Professores de Arte O ensino da Arte e os Professores desta área merecem respeito.